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Todas as manhãs eu dava comida a um menino sozinho — às escondidas, para que a direção não descobrisse

😵😲 Todas as manhãs eu dava comida a um menino sozinho — às escondidas, para que a direção não descobrisse. Mas um dia ele não apareceu: em vez dele, carros pretos pararam em frente ao café, e a carta que os soldados me entregaram fez o chão desaparecer sob os meus pés.

Todas as manhãs eu colocava as xícaras, limpava as mesas e fingia que tudo estava bem. O mundo ao meu redor parecia preso em um loop — os mesmos rostos, o cheiro de café, o som do sino acima da porta.

Um dia notei o menino. Pequeno, cerca de dez anos, com uma mochila que parecia mais pesada do que ele. Chegava sempre exatamente às 7h15, sentava-se no canto mais distante e pedia apenas um copo d’água.

No décimo quinto dia, coloquei um prato de panquecas diante dele.
— Fizemos uma porção a mais por engano — disse eu, fingindo que era só um erro.
Ele me olhou por muito tempo e então disse baixinho:
— Obrigado.

A partir daquele dia eu levava o café da manhã para ele todos os dias. Ele nunca contou quem era ou por que estava sozinho, sem pais. O menino simplesmente comia e sempre agradecia.

E então, um dia, ele não veio. Continuei esperando, olhando para a porta, até ouvir o barulho de motores do lado de fora. Quatro SUVs pretos pararam diante da entrada. Pessoas uniformizadas entraram e me entregaram uma carta em silêncio.

😯😨 Quando li as primeiras palavras, o prato caiu das minhas mãos. Um silêncio mortal tomou conta do café.

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Ainda me lembro daquele dia. 9h17 da manhã. O ar lá fora parecia ficar mais pesado — quatro SUVs pretos pararam diante da entrada. Pessoas uniformizadas entraram no salão, passo a passo, como se carregassem não apenas documentos, mas o destino de alguém.

Um deles se aproximou de mim, tirou o boné e disse que procurava a mulher que dava comida ao menino todas as manhãs. Senti minha garganta secar. “Sou eu”, respondi.

Ele tirou uma carta dobrada. A voz dele tremia quase imperceptivelmente.
O menino se chamava Adam. Seu pai era um soldado. Morreu em serviço.

Antes de morrer, ele escreveu:
“Agradeçam à mulher do café que dava comida ao meu filho. Ela lhe deu aquilo que o mundo havia tirado — a sensação de que alguém ainda se lembrava dele.”

Quando terminei de ler a carta, minhas mãos tremiam sem controle. Tudo ao redor parou — até as colheres deixaram de tilintar. Os soldados prestaram continência. E eu fiquei ali, incapaz de pronunciar uma única palavra.

Por muito tempo não consegui me recuperar daquele dia. Relia a carta várias e várias vezes, como se temesse que as palavras desaparecessem se eu a deixasse de lado. Às vezes parecia que ele iria voltar — com a mesma mochila, com o mesmo sorriso tímido.

Depois de algumas semanas recebi outra carta — daquele mesmo oficial. Dentro, um bilhete curto e uma fotografia: o menino, ele mesmo, sentado na grama ao lado de um homem em uniforme.

Descobriu-se que ele havia sido adotado por um amigo de seu pai — um soldado cuja vida seu pai havia salvado anos atrás.
“Agora ele tem um lar. E muitas vezes se lembra da mulher que lhe dava comida todas as manhãs”, dizia no final.

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