🏘️ Há várias semanas, uma garotinha que mora em frente à minha casa acena para mim, de dia e de noite.
Havia algo perturbador no olhar dela, como se quisesse me transmitir uma mensagem. Eu não conseguia me livrar da sensação de que ela esperava algo de mim.❓
🔓 Quando finalmente tomei a decisão de descobrir quem ela era, a verdade arrepiante por trás daquela porta me abalou profundamente. 😨
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Todas as noites, ela aparecia: uma menininha, não mais de cinco anos, parada na janela, me acenando com a mão.
Toda essa situação me deixava desconfortável. Quem seria ela? O que estaria tentando dizer?
Uma noite, enquanto eu estava sentado com minha esposa na sala, voltei a comentar sobre o assunto. “Lá está de novo a garotinha de quem te falei, na janela”, disse eu. Sandy fechou o livro, aproximou-se e perguntou: “Você quer dizer aquela que sempre acena pra você?”
Assenti com a cabeça, sentindo um aperto no peito. “Sim, mas tem algo nos olhos dela… como se pedisse ajuda, como se quisesse desesperadamente conversar.”
No dia seguinte, decidi bater na porta dos vizinhos para saber mais.
Uma senhora idosa abriu depois de alguns instantes, com aparência claramente cansada.
“Olá, moro em frente, e percebi que sua neta está sempre na janela, acenando para mim. Queria saber se está tudo bem.”
Ela pareceu hesitante, quase nervosa. E então respondeu:
“É minha netinha. Os pais dela morreram recentemente, então agora ela mora comigo. Ainda não conhece ninguém por aqui, está muito sozinha. Vou dizer a ela para parar, se estiver incomodando.”
“Não, de jeito nenhum. Ela não me incomoda. Sinto muito pela sua perda”, respondi sinceramente.
Desde então, passo a acenar para ela todos os dias. Virou o nosso pequeno ritual. Espero que, com o tempo, ela se sinta melhor.