😧😨 Depois do orfanato, eu estava feliz até mesmo com aquela casa meio destruída — era melhor do que dormir na rua. Mas a alegria desapareceu na mesma noite, quando começaram a surgir ruídos estranhos.
Eu tinha acabado de completar dezoito anos, e no orfanato me disseram: “Agora és adulto, segue o teu caminho.” Bolsos vazios, ninguém ao meu lado. Caminhei sem destino até encontrar uma casa abandonada na periferia.
Era fria e parcialmente caída, mas para mim parecia quase um luxo — ao menos oferecia alguma proteção. Joguei a mochila sobre um colchão velho e adormeci quase imediatamente, pensando que, finalmente, tinha um lugar para me abrigar.
😱😵 Acordei com um barulho. Fraco, mas suficiente para expulsar o sono num instante. Não sabia o que era. Meu coração disparou, o ar parecia não entrar, e a escuridão ficava cada vez mais pesada. Então vi de onde vinham aqueles sons — e fiquei paralisado pelo medo.
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Meu primeiro impulso foi sair correndo e nunca mais voltar. O coração parecia que ia explodir, as mãos tremiam. Mas parei. Decidi: chega de ter medo. Eu precisava entender o que estava acontecendo.
Aproximei-me devagarinho do cômodo ao lado e olhei para dentro. No chão, muito próximos um do outro, estavam sentados uma mulher e um menino. Os rostos deles revelavam susto, os olhos arregalados.
— Não tenham medo — falei baixinho. — Só procurei um lugar para dormir.
E então descobri que eles também estavam procurando abrigo para aquela noite. Estavam fugindo de uma situação difícil, de medo e insegurança.
Eu os observei e, de repente, entendi: havia pessoas ainda mais vulneráveis do que eu. E talvez fosse o meu momento — não só de deixar de ter medo, mas de protegê-los também.
A casa já não parecia vazia. Tornara-se um lugar onde o medo e a solidão encontravam algo novo — a esperança.

